Prof. Celso Azar (UFF)
Morte e prazer: a recepção da filosofia helenística nos Ensaios de Montaigne
Trata-se
de considerar a posição singular de Montaigne com relação às diversas
faces da tradição helenística dos exercícios para a morte, examinando a
apropriação e recombinação de alguns de seus vários e heterogêneos
elementos nos Ensaios. Experimenta-se assim abrir um novo caminho
para a sua leitura, contestando a corrente majoritária de interpretação
da filosofia ensaística, ao relativizar sua face cética em relação à
influência de outras correntes de pensamento recebidas pela obra
montaigniana.
Alan Buchard (UFF)
Montaigne e o exercício da vida
Nas primeiras edições dos Ensaios observa-se a constante preocupação de Montaigne em exercitar a filosofia como "aprender a morrer". Seguindo a fórmula de Cícero e tendo por fundamento de sua filosofia os ensinamentos de Epicuro, o filósofo francês dirá que filosofia não é outra coisa senão se defender do evento que encerra a existência. Entretanto, nas edições mais tardias (os Ensaios de 1580 e o Exemplar de Bourdeaux) constate-se uma virada epistemológica sobre o papel da filosofia diante da morte. Para a última fase de Montaigne, a filosofia, e, portanto, o homem que a exercita, deve se preocupar com a vida e com a melhor forma de usufri-la. A morte é inevitável, porém, a Natureza que se encarrega dela, não o homem, pois este nada pode fazer contra ela, nem mesmo se defender filosoficamente. Neste sentido, a proposta dessa comunicação é elucidar o pensamento de Montaigne, em determinados ensaios que nos permita ver o modo como se opera essa mudança de perspectiva sobre o papel da filosofia frente à morte.
Mauro dos Reis (UFF)
A natureza da morte e o prazer
Epicuro,
ao fundar o Jardim, tinha a pretensão de que sua filosofia fosse tomada como um
manual para todo aquele que busca o melhor dos prazeres, a eudaimonía
(felicidade). Dentre os ensinamentos desenvolvidos para auxiliar nesta
busca, encontramos o estudo sobre a verdadeira natureza da morte. Assim, o presente trabalho tem como objetivo analisar e
descrever a concepção epicurista sobre a natureza da morte e suas implicações na busca pelo prazer.
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